nado nas profundezas de um Eu. existem relógios, cartas, livros, chávenas e outros objectos que fazem a síntese desse Eu: os relógios são o tempo perdido, ou o tempo que se correu atrás; as cartas o "em vão" das palavras escritas; os livros o ar puro para a alma asmática; as chávenas os encontros fugazes da vida... a água que reveste estes objectos é a sua película protectora, é o elemento que permite uma segunda vida: a vida de peixe.
sou um peixe que, às vezes, nada até ao mais fundo da identidade e remexe o sótão das memórias. um peixe que dá a essas memórias as possibilidades perdidas.
há um aquário de sonhos à minha espera.