quinta-feira, 20 de junho de 2013

melancolia

«O seu dia a dia, normalmente uma espécie de alforreca, uma criatura invertebrada e informe, obtivera uma estrutura mesozoica. Avançava, com segurança, até com desenvoltura, em direção a um clímax, tal como numa peça, tal como um dia deveria avançar. Anthony temia o momento em que a espinha dorsal do dia se quebrasse, o momento em que, depois de ter conhecido a rapariga, ter falado com ela e ter acompanhado o seu riso à porta, tivesse de voltar às borras melancólicas de chávenas de chá e à crescente secura das sanduíches que sobrassem.»

Belos e Malditos, F. Scott Fitzgerald







segunda-feira, 10 de junho de 2013

no jardim



o meu triunvirato felino, saído de uma tapeçaria inglesa.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

a Lua fuma cachimbo



Berlim veio a Lisboa esta noite e trouxe um último tango protagonizado por Ute Lemper. Repertório clássico da artista, Last Tango in Berlin pedia um ambiente a meia-luz e um copo de whiskey, porque como disse Lemper: “o pior inimigo do Tango é o amanhecer”. Pois que durasse toda a noite, enquanto a Lua fuma o seu cachimbo. Entre Dans Le Port d’Amsterdam e Ne Me Quitte Pas de Jacques Brel, poemas de Pablo Neruda e outras grandes performances, foi igualmente recordada Marlene Dietrich. O chapéu, o jeito da perna, o cachecol de penas, o fingimento do cigarro. Dietrich aqui e ali.