segunda-feira, 29 de abril de 2013

o perfume do antigo




«Respirava de sala em sala, difundido como um incenso, este odor a biblioteca antiga, que vale por todos os perfumes do mundo.»

Terra dos Homens, Saint-Exupéry

terça-feira, 23 de abril de 2013

livro(s)




esses mundos portáteis chamados Livro

terça-feira, 9 de abril de 2013

suspensão





tudo está parado, desde que saíste.
amo-te.

domingo, 7 de abril de 2013

voz


quando lês para mim, aumentando, com vagar, o volume das palavras silenciosas no papel, é como se mais nenhuma voz pudesse cumprir esse momento. ouvir-te é acreditar em todas as deliciosas mentiras que carregas ternamente no timbre. tenho vontade de invocar o infinito, adormecer no berço tecido em promessas que trazes pela voz. são tuas essas palavras que lês, não podem ser de mais ninguém. és o autor. só tu as lês assim, para mim.



quinta-feira, 4 de abril de 2013

(sem título)


há uma altura em que as nossas razões emocionais se tornam razões políticas. há uma altura em que a nossa dor individual é, na verdade, uma dor coletiva. se mal suportamos aquilo que nos fere pessoalmente, como podemos resistir a toda a dor de um país? quais os limites da dor política? somos amados ou rejeitados? o amor social é tão antigo como a necessidade de comer.