há um ar que transporto cá dentro e me pesa.
pesa.
pesa.
pesa.
como a mochila carregada de livros que levo às costas, ele pesa.
pesa.
pesa.
não consigo respirá-lo, libertá-lo de mim, dizer-lhe para não me pesar.
o ar que trago cá dentro é aquele que dá fôlego ao beijo mais sincero, mais feliz, mais sentido, mais acanhado e mais partilhado.
enquanto o beijo se pensa a ele próprio, carrego no corpo o ar que me alimenta o coração.
éter da alma.