aguardo piamente a ruptura do silêncio que se instalou aqui. aqui, onde as paredes brancas parecem ampliar tragicamente o maldito silêncio.
a solidão das paredes brancas é degradante: nem um quadro, nem uma fotografia, nem um traço disforme da caneta na mão de uma criança. nada.
as coisas permanecem iguais a si mesmas. olho uma e duas vezes, em intervalos de segundos, e tudo se mantém estupidamente na sua existência imóvel.
a solidão das paredes brancas é degradante: nem um quadro, nem uma fotografia, nem um traço disforme da caneta na mão de uma criança. nada.
as coisas permanecem iguais a si mesmas. olho uma e duas vezes, em intervalos de segundos, e tudo se mantém estupidamente na sua existência imóvel.
respiro o aroma perfumado que uma vela acesa oferece, e penso:
porque é que carrego este quarto dentro de mim?
ninguém abre a porta cujo ranger é a mágica quebra do silêncio.
(onde estou?)