domingo, 24 de janeiro de 2010

lolita


Vladimir Nabokov presenteou-nos com o livro, Kubrick com o filme.
Lolita é um clássico da literatura russa que se evidenciou pelo assunto polémico que alberga no seu enredo: um professor de poesia francesa apaixona-se pela sua enteada de doze anos. a história contém um quê de psicologia erótica, um tanto de noir e um cheirinho a enigma.
Lolita parece suscitar os mais viscerais instintos do homem, com o seu savoir faire inocente e aparentemente inconsciente. é o ser que excita involuntariamente. é um "ups" constante à atenção que canaliza para si.



todas as "meninas" gostam de vestir a inocência quando à sedução se apela. todas queremos ter um pouco de Lolita.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Rear Window


o dia está a surgir. tudo se vê da minha janela: os prédios altos e uniformes onde se reflectem os primeiros raios de sol, as árvores urbanas plantadas nas ruas em estilo de ornamento, os cães que vagueiam como que à procura de um dono na solidão da manhã, os gatos que miam de fome, as crianças a entrarem pelo portão da escola, os velhos a jogarem às cartas e a "deitarem o olho" às raparigas que passam, os carros que se seguem uns aos outros e se copiam nos movimentos: o virar à esquerda, o virar à direita, o parar na passadeira... vêem-se também as paragens de autocarros apinhadas de gente que sabe o que significa a palavra "espera", as esquinas que escondem os namoros apressados, os cafés que se enchem para o primeiro manjar do dia. tudo parece ter um movimento próprio. a dinâmica dos dias é um retrato que se repete à beira da minha janela.

poisou agora um pombo no parapeito. interronpeu a minha contemplação. vou-me embora porque não gosto de pombos. fecho a portada da janela. o dia começou.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010


if only tonight we could sleep
in a bed made of flowers
if only tonight we could fall
in a deathless spell

if only tonight we could slide
into deep black water
and breathe
and breathe...

when an angel would come
with burning eyes like stars
and bury us deep
in his velvet arms

and the rain would cry
as our faces slipped away
and the rain would cry

Don't let it end.


The Cure