sou uma migalha do teu pão.
procuro ser a tua migalha preferida.
caí sobre a mesa e sinto-me aterrorizada com a ideia de ser empurrada por uma mão maliciosa para o abismo que é o chão.
caí sobre a mesa e sinto-me aterrorizada com a ideia de ser empurrada por uma mão maliciosa para o abismo que é o chão.
quero ser a migalha que permanece sobre a mesa, sem que a maldita limpeza a transporte para a imundície.
quero ser essa migalha afortunada que, estando sempre na tua mesa, no teu lugar, olha para ti e sonha que o pão de onde provém é o melhor que já saboreaste.
um dia a migalha que sou não vai mais estar na tua mesa, mas espero que seja porque a guardaste para ti, porque é, além das suas próprias utopias, a tua migalha preferida.
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