eu sou o meu corpo que caminha, os meus gestos que se repetem , a vida que se cumpre. às vezes sou apenas isto. sou isto e a minha própria ausência, um vazio dentro do vazio, o eco do silêncio, a ideia sem movimento. às vezes esse silêncio bruto grita-me dos confins da consciência, e eu reactivo as funções vitais do intelecto e grito mais alto que ele.
hoje tenho um grito emudecido pelo pudor do coração. hoje é desses dias, em que penso sem sentir. hoje recuso o movimento da alma.
ela só aceita dançar na suspensão do grito.
ela só aceita dançar na suspensão do grito.
depois disso posso sentir?
por favor.
ao ler e reler estas, procurei um texto antigo, sem data, de onde recupero esta pequena parte:
ResponderEliminar"(...)Olharás pela janela que se move no teu peito rosa, as pessoas imóveis pelas ruas enquanto o teu olhar gira e se move sem o arrebatamento daquilo que alguém sem pressas chamou de felicidade, como se a facilidade com que se desfolha um dicionário permitisse reler no significado dessa imunda palavra, o ângulo certo da palavra que não tomarás, suspensa no corpo que só de leve sentiste, naquela mão fugidia, daquele braço que te poderia envolver, daquele ombro de onde espreitarias imóvel terna eternamente todos os elementos do espaço, do tempo, das almas que correm apressadas sem se aperceberem do seu próprio vazio, do teu própri vazio, do meu próprio retorno, daquele ombro onde gostarias de mergulhar, sussurrar ao ouvido os teus gestos, os amplos gestos do teu coração, que agora dói, enquanto tens os teus lábios encostados, na carta, no mapa incerto, nas palavras que moviam montanhas se tu pudesses, se tu escutasses, se tu olhasses no olhos, olhos nos olhos, aquilo que temes escutar (...) porque todas as pedras do mundo pertencem-te, assim como as águas que elas souberam parir sem um grito que fosse(...)"
com toda a estima e respeito, que um abraço possa conter,
Leonardo B.
A relação não poderia ser mais directa. :)
ResponderEliminarObrigada
...traigo
ResponderEliminarsangre
de
la
tarde
herida
en
la
mano
y
una
vela
de
mi
corazón
para
invitarte
y
darte
este
alma
que
viene
para
compartir
contigo
tu
bello
blog
con
un
ramillete
de
oro
y
claveles
dentro...
desde mis
HORAS ROTAS
Y AULA DE PAZ
COMPARTIENDO ILUSION
JOSEPHINE
CON saludos de la luna al
reflejarse en el mar de la
poesía...
ESPERO SEAN DE VUESTRO AGRADO EL POST POETIZADO DE ALBATROS GLADIATOR, ACEBO CUMBRES BORRASCOSAS, ENEMIGO A LAS PUERTAS, CACHORRO, FANTASMA DE LA OPERA, BLADE RUUNER Y CHOCOLATE.
José
Ramón...
Como sei o que é sentirmos ser apenas isto, que tão bem descreveste. Adoro sempre a forma como escreves Inês, mais um belo texto!**
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