são pedras. são pedras que me crescem por dentro. sinto o peso que a balança não acusa, o peso que embaraça o caminhar, como um saco quase a rasgar de tanta carga. são pedras que roubam o lugar umas às outras, numa disputa pelo espaço que faz esticar a pele à semelhança de uma barriga de grávida. são pedras que não páram de crescer e de se multiplicar, como os pães na mão do profeta.
tenho de vomitar estas pedras, ou elas transformar-me-ão numa rocha. quero ser dúctil, ligeira, experimentar o lado positivo da leveza. quero sentir a Insustentável Leveza do Ser.
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