comboios. adoro comboios nos filmes! hoje tive o gosto de conhecer mais um (filme) - Un
Étrange Voyage – com esse, chamemos-lhe, acessório temático. mas o percurso fazemo-lo a pé, ao lado de
Pierre, tal como a sua filha Amélie, ao
longo da linha de caminhos de ferro que liga Troyes a Paris, que é como quem
diz, um percurso a pé dentro de nós mesmos, detetives da interioridade. o cinema
permite-nos isso: transportar os movimentos (e, neste caso, o movimento
aparente) na tela para dentro de nós. todos procuramos algo, mesmo que não seja a maman do “pequeno” Pierre ou a Miss Froy do filme The Lady Vanishes (Hitchcock). todos procuramos,
além de pessoas, coisas, sentidos, “a melhor maneira”... Pierre não encontrou a
mãe*, mas encontrou-se com a filha. e quanto a nós, todos nos procuramos através da
procura do outro. é tão simples quanto verdadeiro. mas insisto: o comboio é o mais belo símbolo da viagem.
(reservo-me ao direito de expressar apenas este aforismo sobre o filme. há muito mais. muito mais a dizer. sempre.)
(reservo-me ao direito de expressar apenas este aforismo sobre o filme. há muito mais. muito mais a dizer. sempre.)
vou montar carris à volta do coração.
*(ver o filme)
Un Étrange Voyage (1980), Alain Cavalier