a salsa, os coentros, o
manjericão e o cebolinho. já começaram a aparecer os tímidos rebentos, uns com
mais pressa do que os outros. li algures que os coentros crescem rápido – estou a
verificá-lo agora – e que o manjericão é a excelência da preguiça. confere. estas
plantas aromáticas, estes pequenos nadas
semeados nuns vasinhos ao canto da minha janela, são o regozijo da velhinha
que há em mim. na correria dos dias, gosto de afagar com o dedo indicador a terra
desses vasos pequenos, a terra que borrifo com água para ver irromper o verde. às
vezes esqueço-me que plantei salsa, coentros, manjericão e cebolinho para
realçar os cozinhados. no fundo, acho que só os plantei para os ver crescer (devia
deixar uma câmara a registar o mistério do crescimento…). não sei porque
escrevo sobre salsa, coentros, manjericão e cebolinho, mas deu-me algum gozo, por momentos, deslocar o pensamento para esta paisagem simples, ao canto da minha
janela. devaneios femininos? futilidade deliciosa.
The Women (1939), George Cukor |
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