«Eu escrevia silêncios, noites, anotava o inexprimível. Fixava vertigens.» Rimbaud
terça-feira, 6 de março de 2012
estavas
vou dizer à Lua que não sei de ti. estavas ali e já não estás. vou regar a planta que me deste, para que o verde das folhas simbolize a tua vida ainda em mim. estavas ali e já não estás. vou fazer arroz a mais, para comer pelos dois. estavas ali e já não estás. vou ler aquele livro que me deste, como promessa que não se quebra. estavas ali e já não estás. vou marcar na agenda um encontro, e fingir que aconteceu. estavas ali e já não estás. vou escrever o teu nome a lápis e apagar cem vezes. estavas ali e já não estás. Vou sorrir quando batem à porta. estavas. já não estás. vou colar papelinhos amarelos na parede a lembrar-me de não te esquecer. apontamentos diários de um sentimento recusado.
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