domingo, 7 de abril de 2013

voz


quando lês para mim, aumentando, com vagar, o volume das palavras silenciosas no papel, é como se mais nenhuma voz pudesse cumprir esse momento. ouvir-te é acreditar em todas as deliciosas mentiras que carregas ternamente no timbre. tenho vontade de invocar o infinito, adormecer no berço tecido em promessas que trazes pela voz. são tuas essas palavras que lês, não podem ser de mais ninguém. és o autor. só tu as lês assim, para mim.



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