sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Clem, you're not ugly


tenho borboletas na barriga, dizia eu quando aguardava ansiosamente a Hora do Conto. aquelas borboletas eram o meu desejo, o meu desejo dotado de asas leves, belas e puras. o Conto era o Vale Encantado onde voava sem regras ou limites, um livre trânsito que dava espaço à elegância do vento da imaginação. a cada história que escutei fui feliz por não ser eu, ou melhor, por ser o que queria.
hoje ainda sinto as borboletas na barriga. mas as suas asas já não carregam a minha alma no seu voo. são borboletas pouco devotas ao desejo e servas de uma majestade: a realidade.

incomodam-me.


tenho borboletas na barriga. quero o colo das palavras. tell me a sweet dreams story. just for tonight.

just for tonight.



3 comentários:

  1. [as palavras servem de eterno remendo, o autêntico casulo, larva para um mundo real ou inventado]

    um imenso abraço,

    Leonardo B.

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  2. As borboletas que sentimos a fervilhar no estômago, são sempre uma forma de sabermos aquilo que mais ansiamos, ainda que nos incomodem e, ao longo dos anos, vão esmorecendo... estão sempre lá, juntamente com os sonhos de infância e desejos que carregamos durante a vida:)
    Gostei muito, como sempre*beijinho

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  3. que as borboletas nunca deixem de voar.. . enfim.
    obrigada*

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