não queria deixar de respirar 2010 sem lhe destinar derradeiras palavras antes de este se esfumar no éter do seu prazo de validade. ou melhor, ia quase acontecendo que não o fizesse, mas houve alguém que me relembrou que temos que ser gratos ao Tempo. é ele que nos faz. é ele que nos acrescenta mais alegrias à vida, para desfrutarmos dela, e que nos dá também sofrimento para nos lembrarmos que existimos na nossa pele; para sairmos mais fortes e enfrentar o mundo. tenho, de facto, muito a reconhecer do seu "olhar por mim".
muitas foram as manhãs em que acordei e fiz o que me dá mais prazer: ir com a chávena de café quentinho entre as mãos para a janela ver o movimento: pensei a cidade.
muitas foram as manhãs em que acordei e fiz o que me dá mais prazer: ir com a chávena de café quentinho entre as mãos para a janela ver o movimento: pensei a cidade.
muitas foram as vezes em que adormeci sozinha numa cama fria e acordei no silêncio do quarto assaltado pelo murmúrio da rua: senti a ausência.
muitas as vezes em que me sentei num auditório e procurei equilibrar as conversas laterais com a atenção devida ao mestre: senti o riso docemente sufocado.
muitas as vezes em que chorei por reconhecer a minha felicidade: senti pura gratidão.
muitas as vezes em que não fui mais longe por causa do fantasma do medo: senti frustração.
muitas as vezes em que cheguei a casa (a verdadeira casa) e tive a carícia consoladora de todos os cansaços acumulados: senti alívio.
muitas as vezes em que deambulei pelas ruas, observei o mais ínfimo pormenor da calçada, respirei Lisboa: pensei na vida.
muitas as vezes em que não disse tudo o que queria, em que cortei nas palavras para não incomodar ninguém com a verdade: senti-me cobarde.
muitas as vezes em que abracei e dei tudo de mim nesse abraço: senti a amizade.
muitas as vezes em que duas palavras bastaram para largar a preguiça dos lábios e fazer a ginástica do sorriso: fui apenas eu.
(...)
tudo o que peço ao novo ar que vou respirar - 2011: "a kind of magic, one dream, one soul, one prize, one goal, one golden glance of what should be...". são estes os ingredientes básicos aos quais o amor (sob todas as suas formas) se deve juntar.
o resultado só pode ser uma explosão de felicidade.
o resultado só pode ser uma explosão de felicidade.
a todos os meus, e também aos que são menos "meus", um ano explosivo de felicidade. é o meu desejo.
Inês, puseste por escrito aquilo que muitas vezes não sou capaz de dizer. Way to go!
ResponderEliminarGostei imenso de te conhecer, em 2011 quero continuar a conhecer-te, porque é assim que se constrói uma amizade.
Apesar de te conhecer à pouco tempo, vejo que tens uma parte sombria que tentas esconder e que muitas vezes o teu sorriso é com os lábios e não com os olhos. Em 2011 quero que sejam também os teus olhos a sorrir!
<3 honey, you're some kind of a warrior, your weapon is your hapiness, use it everyday :)
Foi um prazer conhecer-te em 2010!
Não resisto a fazer copy/paste dum "desejo" para 2011, escrito pelo David Fonseca: mais coisa, menos coisa, os meus desejos também assim se expressam:
ResponderEliminar"No primeiro dia do ano 2000 passei por esta praia em Peniche. Vi 3 miúdos aos saltos e em grande risota ao pé da água e, de repente, um deles começou a tirar as roupas e a correr em direcção ao mar. Estava um frio de rachar mas isso não o impediu de se atirar ao primeiro mergulho do ano.
Tenho uma ampliação gigante desta foto na parede da minha casa de forma a lembrar-me o que é preciso para começar tudo do início: CORAGEM, DETERMINAÇÃO E UMA GRANDE DOSE DE INSANIDADE. INDEPENDENTEMENTE DO QUÃO GRANDE E ASSUSTADOR POSSA SER O MAR À NOSSA FRENTE"
O primeiro de muitos abraços que este novo calendário possa conter,
muito teu,
LB