deixo cair as pálpebras sobre os olhos vidrados. sinto o existir confortável das coisas. nada me incomoda, nada me faz mover a cortina de pele que ornamenta a janela da minha casa interior. fechei-a por um momento. preciso de limpar o pó acumulado ao canto das ideias.
penso e dou um espirro.
penso e dou um espirro.
quero que assaltes a minha casa. não arrombes a porta. força a janela e entra. tenho frio. as mantas estão ali e não lhes chego. não é preguiça, é vontade de substituí-las.
não te esqueças de mim. não te esqueças que aguardo.
por enquanto estou aqui, conscientemente adormecida.
quando chegares beija-me os olhos.
a janela abrir-se-á como que por magia.
às vezes também me sinto muito assim no "existir confortável das coisas", outras vezes não, tudo me inquieta.. a vida é mesmo assim, entre o sono e o sonho já dizia Pessoa..
ResponderEliminarSempre cheios de magia estes textos querida Inês :)*
ler o teu blog faz uma pessoa sentir-se tão melhor. obrigada Inês. parabéns. não pares, nunca.
ResponderEliminar;) beijinho grande*