da minha varanda vejo Lisboa. vejo Lisboa porque vejo o Tejo, o olho azul da cidade que pisca para mim num convite à vida. cada manhã é mais leve ao meu espírito porque sou apanhada nesse piscar de olhos que demora o tempo de um café curto. bom dia é o que digo à chavena vazia; um sorriso é o gesto que devolvo ao azul que me enfeitiça. pensará a vizinha do lado, uma senhora com alguma idade, que tenho estranhos rituais logo pela manhã. "cada um com as suas..." já dizia o outro.
e o outro dizia bem.
Primor de sensibilidade.
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