estás no sítio das coisas eternas, eu perdoo-te. envia-me um bocadinho do infinito, em troca eu faço-te um desenho bonito e peço àquela avioneta que to faça chegar.
já não sei desenhar como quando tinha 6 anos. os meus desenhos agora não fazem sentido, são adultos e vazios, as linhas já não têm mistério nem provocam a compulsividade deítica. há qualquer coisa que mudou. o que mudou foi o sentido de verdade. dantes a verdade era uma viagem, agora a verdade adotou o nome morte.
já não sei desenhar como quando tinha 6 anos. os meus desenhos agora não fazem sentido, são adultos e vazios, as linhas já não têm mistério nem provocam a compulsividade deítica. há qualquer coisa que mudou. o que mudou foi o sentido de verdade. dantes a verdade era uma viagem, agora a verdade adotou o nome morte.
quando conhecemos o verdadeiro sentido desta palavra, não mais desenhamos com a mesma esperança de que o que fizemos vai chegar ao outro lado; não mais gravamos a magia e a inocência nos traços sinuosos e aventureiros que o lápis, feliz servo, percorre na folha branca.
e voltar a ter 6 anos?
......
ResponderEliminarSe queres desenhar o mundo, começa pela tua casa,
pelo teu corpo de asa que não se soube quebrar,
pelo voo e dobra do tempo que não te tomou,
Toma o tempo devagar, do quase nada
reconstrói o tempo,
não em nome do tempo
do tempo
mas do sangue, da semente onde a casa do mundo habita
no que resta da criança inacabada
(…)
Com um abraço, sincero
LB