quarta-feira, 16 de novembro de 2011

I would prefer...



a solidão do gesto percorre a linha do determinismo. nem mais, nem menos: o que é. cai no abismo de si mesmo sem que um grito de revolta tenha tempo de se apossar dele. o silêncio austero da contingência: o que é. o mundo já está escrito para nós. sigamos, na solidão deste gesto, com o dedo sobre cada linha do livro da nossa vida. não há vírgulas a mais ou a menos. a gramática é uma lei que desconhecemos. somos o dedo que aponta e apenas isso.


(hoje fico na página 214.)







estava a sonhar que era possível escolher não fazer, como o Bartleby (I would prefer not to).


acabei de acordar.

1 comentário:

  1. [o que é, determina o que foi... raramente o que será; as incertas gramáticas que nos definem também têm páginas invisíveis]

    um abraço, Inês

    LB

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