«Quando Pina, em Roma, Cidade Aberta, escapa de uma fileira de soldados, que a deviam ter detido, para se lançar atrás do camião que transporta o seu noivo, numa corrida que começa à maneira do movimento burlesco, para terminar numa queda mortal, esse movimento excede, ao mesmo tempo, o visível da situação narrativa e a expressão do amor. (...) É uma dramaturgia do chamamento, transferida do plano religioso para o plano artístico, que ordena às personagens rossellinianas que passem de um modo de movimento e gravitação para outro, segundo o qual só poderão precipitar-se em queda livre.»
A Fábula Cinematográfica, Jacques Rancière
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