sexta-feira, 28 de outubro de 2011

o que é que escolho: ser ou ser?



a linha entre o que somos e o que devemos ser é muito ténue. umas vezes somos como achamos que devemos ser, como alguém nos disse para ser, e nesse ditado perdemos a referência do nosso verbo. outras, seguros no nosso eixo ontológico, temos a audácia de ser, simplesmente ser, de respirar pela nossa boca, sem atentar ao cumprimento do código da estrada das aparências, e aí somos multados pela nossa péssima condução, que coloca em perigo os outros condutores. todos procuramos a nossa estrada, recta, no deserto, OU, o condutor que não nos apite e aprenda connosco a arte da má condução (e que, respirando pela sua boca, partilhe também um pouco do seu ar).
ambas utopias.

estamos destinados a viver nas trincheiras entre o que somos e o que é suposto sermos. uma guerra sem tréguas.


talvez se vendarmos os olhos nos divertamos mais neste jogo.

2 comentários:

  1. [perigoso o acto de vendarmos a vista quando a imagem do espelho é uma só, e os seus lados dois; a "arte" deve estar algures entre o que os olhos depreendem e o que o coração sabe ler]

    um imenso abraço,

    LB

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  2. http://www.youtube.com/watch?v=XwIdPZLvzSI

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