chamo-te, para além da voz. é um caminho que traço com o
dedo, na medida da página do livro. chamo-te pelo toque das palavras lidas e imaginadas, onde, inquieta, me
escondo, como se atrás de uma parede, à espreita, para te apanhar. conto até dez, abro os
olhos e corro sem direção, porque estás em todos os lugares, e todos os lugares fingem a tua sombra. ao chamar-te
encontro-te antes dos meus olhos. és uma resposta que se sente.
chamo-te. escondeste-te atrás da lua. vigias a minha noite.
Sem comentários:
Enviar um comentário