domingo, 13 de janeiro de 2013

a meio da noite


tenho uma lamparina de azeite a iluminar a espera. espero que acordes a meio da noite, quero contar- te o sonho que tive. enquanto procuro as melhores palavras para começar, observo-te: só peço a Deus que me castigue, se me atrever a perturbar a tranquilidade do teu semblante. e neste impasse divino, já esqueci o sonho. durmo com um anjo. espreito pela janela, para conferir se a noite ainda faz de cenário a este momento. apago a lamparina e mando embora a espera, que se perde numa linha de fumo. não faço barulho, não me mexo, vejo-te até no escuro.

durmo com um anjo.
 

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