quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

planta do pé


Pousei a planta do pé
na ponta dos dedos da tua mão.
Estava quente
(contra o frio do meu pé)
Batem horas certas
no relógio de cuco que
trouxe da casa da minha avó.
São cinco horas
podiam ser nove,
mas são tempo.
Esse que urge entre
o toque dos nossos extremos.
Não sou como as outras pessoas,
os pés são o espelho da minha alma
(vem  amanhã)
não me compres sapatos
gosto de estar nua para ti
até à alma.



 

 

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