segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

As Casas


«(…) O ritmo de qualquer universo está configurado numa casa. Ela está exposta aos elementos, ao sol, à chuva, ao vento, a todas as estações; ao estio mais abrasador e ao inverno mais inclemente. Ao transpor a porta da casa, (…) sentimos os cheiros habituais, reconhecemos algo como uma placenta de onde provimos e nos sentimos protegidos e de novo ligados num lugar inexpugnável. Podemos aliviar o rosto da última máscara.»
Inês Lourenço, Ephemeras

a casa com paredes é a do voltar sempre, o lugar das certezas do eu. mas a casa é também quando descobrimos a fechadura que corresponde à nossa chave. trancamos a porta para sermos a  múltidão em dois corpos.

 

2 comentários:

  1. [mais que as quatro paredes por corpo,

    mais que alicerces por constelações,
    um mais um podem ser sempre multidões.]

    um imenso abraço,

    Lb

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