sábado, 27 de julho de 2013

paisagem invariável

neste lento fim de tarde
vejo da minha janela
as luzes que (também lentamente)
se levantam a tremer
do outro lado do rio.
pergunto-me se são de uma casa
de um candeeiro de rua
de um monumento importante
de um barco
de uma festa.
são o que os meus olhos pensarem.
penso em tudo,
menos nas hipóteses físicas da luz.
são desejos que pintam a cidade
do outro lado do rio.

(City Lights, Chaplin)






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