(...)
- sim, eu sei.
- pensas que sabes, isso sim.
- já disse que sei, por isso sei.
- teimosa...
- vá lá...
- a tua certeza é tão frágil como tu. estás a ver aquele pássaro ali pousado? oooh... foi-se.
- o que queres dizer?
- eu não quero dizer nada, eu estou simplesmente a dizer o que devo dizer. deixa de pôr o selo da certeza em tudo. nem os teus passos na rua são certos. existem pedras no caminho, pequenas ou grandes, fazem tropeçar. ontem não começou a chover de repente? onde tinhas o guarda-chuva? e a chamada que não te atenderam? onde está o teu coração? já o encontraste?... arruma primeiro as tuas certezas mais íntimas, depois pensa em acreditar no resto.
- não falas como gente.
- mal de mim se falasse, sou a tua consciência.
queres uma chávena de chá?
[se me é permitido partilhar desse chá; sei dos aromas, o sabor e basta um cubo de açúcar, não mais...]
ResponderEliminarum imenso abraço, Inês
LB