quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

tea time




(...)


- sim, eu sei.

- pensas que sabes, isso sim.

- já disse que sei, por isso sei.

- teimosa...

- vá lá...

- a tua certeza é tão frágil como tu. estás a ver aquele pássaro ali pousado? oooh... foi-se.

- o que queres dizer?

- eu não quero dizer nada, eu estou simplesmente a dizer o que devo dizer. deixa de pôr o selo da certeza em tudo. nem os teus passos na rua são certos. existem pedras no caminho, pequenas ou grandes, fazem tropeçar. ontem não começou a chover de repente? onde tinhas o guarda-chuva? e a chamada que não te atenderam? onde está o teu coração? já o encontraste?... arruma primeiro as tuas certezas mais íntimas, depois pensa em acreditar no resto.

- não falas como gente.

- mal de mim se falasse, sou a tua consciência.






queres uma chávena de chá?

1 comentário:

  1. [se me é permitido partilhar desse chá; sei dos aromas, o sabor e basta um cubo de açúcar, não mais...]

    um imenso abraço, Inês

    LB

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