disseram-me que foste visto, agora mesmo, numas escadas quaisquer, de uma rua qualquer, a fumar um cigarro e a olhar para o céu. esperas alguém? uma voz? uma estrela? uma gota de chuva? um foguete fora de horas? um balão vadio? ah! não, já sei... esperas que o ano acabe, e não queres dar nem mais um passo. esse cigarro é o último do maço, é o sabor que queres ter na boca, é o silêncio com que me recebes, é a espera em si.
meia-noite: cheguei. podes apagá-lo sem o terminar. dá-me a mão, o mundo espera-nos, o novo ano também.
vamos explorar.
foto: Henri Cartier-Bresson
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